20090327

Fantasia 10 - Torre de Santo António

Em 2006 foi notícia outra promessa vã: a conclusão da obra prima do pai do Sócrates na cidade-neve, inacabada há mais de 30 anos e já classificada como uma das grandes aberrações pátrias. Carlos Pinto, para tornar "suportável" aquele prédio, construía outros dois ao lado... chamando-lhe "arranjo urbanístico". Um pagode:

"Segundo a autarquia, o acordo estabelecido com o Montepio Geral permitiu desbloquear a situação e proceder-se à recuperação da Torre que será destinada ao mercado habitacional... segundo Carlos Pinto, alguns peritos defendem que «o imóvel é suportável do ponto de vista paisagístico nesta encosta da Serra da Estrela». Desde os anos 80 que vários projectos têm sido aventados para a Torre e, com este desfecho a Câmara da Covilhã conta receber compensações e taxas num valor de 648 mil euros. Recorde-se que em Setembro último, em Sessão de Câmara, tinha sido afirmado o destino da Torre que jamais foi concluída e dava, segundo Carlos Pinto «uma «uma imagem de alguma degradação» da cidade. Na altura o presidente da câmara, referia que já tinha sido estabelecido um acordo com o proprietário do empreendimento, o banco Montepio Geral. O edil social-democrata acrescentava, ainda que a recuperação da Torre passava pela construção de mais dois edifícios na base para «servir de apoio à estrutura central». Projectava-se o complexo «como um T invertido, com comércio e estacionamento, na zona dos primeiros pisos e apartamentos de habitação na torre central», esclarecia Carlos Pinto. A construção da Torre data de meados dos anos 70 e é um projecto do arquitecto Pinto de Sousa, pai do actual primeiro-ministro, José Sócrates. O empreendimento previa um conjunto de três grandes edifícios para habitação, comércio e estacionamento. A estrutura central com 60 apartamentos foi o único a ser construído. A não conclusão do projecto deveu-se a falências, falta de capitais e burocracias." Kaminhos

Carlos Pinto confirmou ao DN que "o edifício cumpre todos os requisitos ao nível do licenciamento e do pagamento das taxas para ser usado pelo proprietário"...

Mais incompreensível é que em 22/06/2001 o deputado e candidato a Presidente da Câmara da Covilhã José Carlos Lavrador (PS) tenha afirmado ao Notícias da Covilhã existirem "interesses obscuros" no processo de urbanização da cidade, dando como exemplos a construção caótica na zona baixa da cidade e a não demolição da torre de Santo António...

1 comentário:

tecelao disse...

Os desmandos urbanisticos na Covilhã tem rosto e frutificaram com a gestão alternada do PS e do PSD,desde o 25 de Abril.
Creio mesmo, que Lopes Teixeira foi um dos grandes responsáveis pelo caos.